protesto Polícias não querem ir para esquadra do Laranjeiro
Meia centena de polícias do Corpo de Intervenção (CI) da PSP de Lisboa protestaram ontem contra a transferência de 16 colegas para uma nova esquadra, no Laranjeiro (Almada). A contestação teve lugar junto à sede daquela unidade policial e contou com o apoio da Associação Sócio-Profissional da Polícia (ASPP/PSP) e do Sindicato dos Profissionais da Polícia. Para estas organizações, a transferência de elementos do CI para a esquadra do Laranjeiro, do comando de Setúbal "desfalca" a PSP. Em declarações à Lusa, António Ramos, do Sindicato dos Profissionais da Polícia, alertou que "se o Governo não abrir mais concursos e não colocar novos efectivos é a segurança dos portugueses que fica posta em causa". O dirigente sindical acusou o Governo de "querer fazer omoletes sem ovos", dado que o quadro orgânico da PSP não é revisto desde 1981, o que leva à falta de pessoal. António Ramos lembrou que uma esquadra precisa no mínimo de 60 polícias para poder desempenhar as suas funções, e a que vai ser inaugurada no Laranjeiro não irá cumprir esse requisito. Segundo as suas contas a infra-estrutura vai abrir com 23 elementos do comando de Lisboa, cinco da direcção nacional da PSP e 16 do Corpo de Intervenção. Um dos polícias presentes no protesto defendeu que a situação representa "uma perda de regalias e uma perda de dignidade profissional". O director do gabinete de comunicação e relações públicas da PSP, Hipólito Cunha referiu que os agentes "que vão para Setúbal são os que têm pedido feito para ir para lá". Os polícias refutam esta hipótese, e dizem que a PSP os obriga a ter um pedido de transferência feito.